10 de setembro de 2025

Médicos formados no exterior precisam validar seus diplomas para exercer a profissão no Brasil. Esse processo pode ser feito de duas formas: pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) ou pela chamada validação comum, realizada diretamente em universidades públicas credenciadas.

Apesar de ambos terem o mesmo objetivo — reconhecer oficialmente o diploma médico estrangeiro —, cada um apresenta características, vantagens e desvantagens próprias. Neste artigo, você vai entender as principais diferenças entre Revalida e validação comum para escolher o caminho mais adequado.

O que é o Revalida

O Revalida, organizado pelo INEP, é um exame nacional padronizado que avalia se o médico formado fora do Brasil tem conhecimentos e habilidades equivalentes às exigidas pelas universidades brasileiras. Ele acontece geralmente uma vez por ano e é composto por duas fases:

  • Primeira fase: prova objetiva de múltipla escolha com 100 questões.
  • Segunda fase: prova prática em estações clínicas.

A aprovação nas duas etapas garante que o diploma médico estrangeiro seja reconhecido no Brasil, permitindo o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM).

Mais detalhes em: Exame do Revalida passo a passo.

O que é a validação comum

A validação comum ocorre quando o médico solicita diretamente a revalidação em uma universidade pública brasileira credenciada pelo MEC. Nesse caso, o processo pode incluir:

  • Análise documental completa (diploma, histórico escolar, ementas).
  • Comparação curricular com o curso de medicina da instituição.
  • Provas teóricas e/ou práticas, se o edital exigir.
  • Entrevistas ou defesas acadêmicas, em alguns casos.

Cada universidade define suas próprias regras, prazos e etapas. Por isso, a validação comum costuma ser mais burocrática e demorada.

Mais informações em: Universidades que aceitam revalidação médica.

Diferenças principais entre Revalida e validação comum

Padronização

  • Revalida: tem regras nacionais, iguais para todos os candidatos.
  • Validação comum: varia conforme o edital de cada universidade.

Tempo médio

  • Revalida: geralmente dura cerca de 12 meses, dependendo do calendário do INEP.
  • Validação comum: pode ultrapassar 2 anos, devido à análise documental detalhada.

Leia também: Tempo médio para revalidar diploma médico.

Exigências

  • Revalida: exige diploma, histórico escolar, traduções juramentadas e participação nas provas.
  • Validação comum: além da documentação básica, pode solicitar plano de ensino, carga horária detalhada de estágios e até entrevistas.

Dificuldade

  • Revalida: provas exigentes, com grande concorrência.
  • Validação comum: burocracia extensa e critérios que variam entre universidades.

Reconhecimento

  • Ambos os caminhos têm validade oficial e permitem o registro no CRM.

Vantagens do Revalida

  • Processo centralizado e padronizado.
  • Validade nacional.
  • Reconhecimento amplo.
  • Menor dependência de editais locais.

Vantagens da validação comum

  • Alternativa para quem não deseja participar do Revalida.
  • Possibilidade de processos em períodos diferentes dos do INEP.
  • Universidades podem considerar aspectos curriculares mais detalhados, o que favorece alguns candidatos.

Qual caminho escolher?

A escolha entre Revalida e validação comum depende do perfil do candidato. Quem prefere um processo padronizado e com prazos definidos tende a optar pelo Revalida. Já quem possui documentação completa, detalhada e está disposto a esperar mais tempo pode tentar a via universitária.

Para muitos médicos estrangeiros, o Revalida é considerado a opção mais prática, apesar de sua alta competitividade.

Veja também: Dificuldades na revalidação médica.

Conclusão

Tanto o Revalida quanto a validação comum são caminhos legítimos para médicos formados no exterior exercerem a profissão no Brasil. A principal diferença está na padronização do processo, no tempo de conclusão e no nível de burocracia envolvido.

Independentemente do caminho escolhido, preparar-se bem é essencial. Organizar a documentação com antecedência, acompanhar editais e dedicar-se aos estudos aumenta as chances de sucesso na revalidação.

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