Introdução
A revalidação de diploma médico estrangeiro no Brasil pode ser feita de duas formas: pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida/INEP) ou diretamente através de universidades públicas credenciadas.
Enquanto o Revalida centraliza o processo em uma prova nacional, a via universitária permite que o candidato solicite a revalidação diretamente em instituições de ensino superior. Mas quais universidades aceitam a revalidação médica? É isso que vamos detalhar neste artigo.
Como funciona a revalidação pelas universidades públicas
O processo de revalidação pelas universidades públicas segue regras definidas pelo Ministério da Educação (MEC), mas cada instituição pode adotar critérios próprios. Em geral, o procedimento envolve:
- Análise documental (diploma, histórico escolar, ementas e estágio/internato).
- Avaliação curricular, comparando a grade estrangeira com a brasileira.
- Eventuais provas teóricas ou práticas.
- Entrevistas ou defesas acadêmicas, em alguns casos.
Esse caminho é chamado de revalidação comum e pode ser uma alternativa para quem não deseja ou não consegue participar do Revalida.
Leia mais: Diferença entre Revalida e validação comum.
Universidades que aceitam revalidação médica pelo Revalida
Diversas universidades federais participam do Revalida em parceria com o INEP. Entre elas:
- Universidade de Brasília (UnB)
- Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
- Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
- Universidade Federal da Bahia (UFBA)
- Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
- Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
- Universidade Federal do Ceará (UFC)
- Universidade Federal do Paraná (UFPR)
A cada edição, o INEP publica no edital a lista atualizada das universidades participantes. Por isso, é essencial acompanhar os comunicados oficiais antes da inscrição.
Saiba mais: Exame do Revalida passo a passo.
Universidades que realizam revalidação própria
Além do Revalida, algumas universidades públicas oferecem processos independentes de revalidação médica. Nesses casos, o médico deve entrar diretamente em contato com a instituição e seguir o edital publicado.
Exemplos de universidades que já realizaram revalidação própria incluem:
- USP (Universidade de São Paulo)
- Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)
- UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
- UFPE (Universidade Federal de Pernambuco)
Vale lembrar que nem todas as instituições abrem processos todos os anos. A disponibilidade depende de editais específicos, publicados no site de cada universidade.
Diferenças entre universidades e Revalida
- Revalida (INEP): padronizado, com validade nacional e composto por prova objetiva + prova prática.
- Universidades públicas: critérios variáveis, prazos diferentes e, muitas vezes, maior burocracia documental.
Ambos os caminhos são reconhecidos pelo MEC e permitem ao médico registrar-se no Conselho Regional de Medicina (CRM) após a aprovação.
Como escolher a melhor opção
A decisão entre prestar o Revalida ou tentar a via universitária depende de fatores como:
- Perfil do candidato: alguns preferem provas padronizadas, outros apostam na análise curricular.
- Prazos: o Revalida tem calendário fixo, enquanto as universidades podem demorar mais.
- Localização: universidades específicas podem ser mais acessíveis para quem já reside no Brasil.
- Custos: traduções juramentadas e taxas variam bastante entre processos.
Para entender melhor os prazos, veja: Tempo médio para revalidar diploma médico.
Dicas para quem vai tentar pela via universitária
- Acompanhe regularmente o site da universidade escolhida para verificar novos editais.
- Organize toda a documentação com antecedência, incluindo traduções juramentadas.
- Prepare-se para possíveis avaliações teóricas ou práticas.
- Considere participar de grupos de candidatos, que frequentemente compartilham informações sobre editais abertos.
Conclusão
As universidades que aceitam revalidação médica no Brasil oferecem alternativas importantes para médicos formados no exterior. Seja pelo Revalida, com seu processo nacional padronizado, ou pela via direta em universidades públicas, o objetivo final é o mesmo: validar o diploma estrangeiro e garantir o exercício legal da medicina no país.
Independentemente do caminho escolhido, o sucesso depende de planejamento, atenção aos editais e preparação sólida para eventuais provas.
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